quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Mulher


Ó doce formosura de olhar de mel, cabelos de espiga de milho, lábios de paixão e ar de desolada. És a própria figura de quem nada procura E, no entanto, tão bela que me inspira o canto; tão suave que em qualquer canto posta como uma clave de sol dá o tom e a harmonia da beleza e do brilho com o qual qualquer artista sonharia. Para a outra foto: É neste último momento que ainda tento recuperar a imagem que me parece a um só tempo de sonho e de esplendor, apesar de completamente desfocada. Entre um fugitivo seio e torres de palácios antes do profundo sono da morte me concentro na tentativa vã de salvar o resto de um sonhar como a buscar um amanhã que se perdeu. É um esforço insano. Logo, logo há de cair o pano E o ator e o espetáculo, como a tela e o tempo, já se perderam como sonhos de um passado de um desmemoriado.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Brincadeira




O xadrez é o tapete,
Mas também o banco. Talvez o branco. Seja meu.

Na parede.As letras.A arte infantil de fazer palavras me anima. Na vida exijo rima.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A morte invento





Cortei os pulsos...
Agora, que o vermelho se espalha
Na brancura dos lençóis,
Penso como a vida dói
Como é afiada a navalha.

A vida é uma peça.
Meu suicídio,
Um ato mal escrito,
E, vejo, neste momento, claro
Como o mundo é tão bonito
È que só preciso de um mês...
Um mês só,
Para te esquecer....

Não terei tanto tempo
Tudo me parece rápido
Neste meu pensar tão lento...
E nem viver mais tento.

Nunca pensei
Que fosse tão fácil
Morrer.



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O encontro da Imagem com a Palavra.

Minha foto
A fotografia interagindo com a poesia...num encontro triunfal.