Lembro dos meus esforços infantis
Para entender os olhos negros da máscara, dilatados,
E, como o rosto, cercados de frisos verdes,
Que pareciam um longo cipó...
Havia também os disformes lábios vermelhos,
Carnudos, grandes, sempre fechados, silenciosos.
O nariz dominante, um tronco central,
Do qual emanava a impressão de que fingisse estar imóvel e só.
Intrigante era a aranha solar, com suas múltiplas pernas,
Que se dizia que, de noite, saía para pegar quem mentia.
Era uma máscara estranha, bela, incompreensível e viva.
Muito depois, quando adulto procurei-a inutilmente,
Tentando decifrar o seu significado
Descobri, de repente,
Que se tratava apenas de arte,
Incompleta, desigual, mutável
Como a vida.
8 comentários:
Lia e Silvio, tem um destaque para vocês lá na Floresta! Beijos da Ursa :))
OLá!
Venho agradecer, as ternas palavras no meu mundo deixadas. São bem-vindos. Divaguei nestes pensamentos, diferente e sábia visão da arte e da própria vida.
Abraço Sentido
É isso ... arte!
Beijinhossss
Olá! Adorei o novo blog.:D
Vou voltar para ler com mais atenção.
Mil beijos! :D
"o que nos ilumina jamais poderá ser o que nos consome.
aconchega-nos no calor do sentimento.
não nos reduz a cinza com o inferno da posse!"
Um beijo kristalino!
Lia e Silvio, esse tipo de máscara que lembra as carrancas é usada para afastar as más energias :)) Beijos da Ursa
Adoro máscaras!!!
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