Ainda há sombras
No sol da garganta
Mesmo quando canta
O futuro ainda não chegou...
Mamãe eu não me engano!
O cotidiano
É que nos enganou
Abrindo este abismo
No qual estamos
No qual estou
De braços abertos
Como um Cristo que não se perdoou.
Os reflexos podem ser as verdades
Como as verdades podem ser as ilusões.
Brincamos de cabra cega
Enquanto eles ganham milhões
E afundam o Brasil
Como se fosse um Titanic de brinquedo,
Um rap, um rapto, um camaleão...
Não! Nem respirar, nem existir, nem andar
Meu sonho é voar
Na música, na poesia, na experiência,
Na fumaça que nos fantasia.
A minha demência
É ser real
Soar como se o complexo
Fosse natural,
Como se a vida fosse a música.
É consertar o mundo
Nem que seja o digital
E ser apenas um descobridor
Da vida, do gozo, do amor.
2 comentários:
Não é uma música?
Se não for deveria porque o ritmo é maravilhoso.
E estes versos que misturam a vida e seus dramas com a política e suas lamas?
Simplesmente maravilhoso!
beijos
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