sábado, 26 de dezembro de 2009

Coisas de natal




"Que este Natal
seja um nascimento
cimento e cal
para o concreto
de seus projetos."
Mano Melo


Natal daquele que nasce
renasce e cresce a cada amanhecer.

Natal solene
de quem pensa no próximo
e vislumbra um mundo mais igualitário.

Natal repleto de festejos
de quem comemora em grande estilo
mas que no fundo quer brindar
o grande milagre da vida!!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Só isto




Eu quis deixar de te querer

Por covardia.

Por covardia,

Eu quis deixar de te querer.

Mas, feito pimenta, meu amor ardia

E fosse noite ou dia

Não parava de doer

E eu de sofrer.

Cansei de lutar contra o real

E, como meio de conjurar o mal,

Ciente de ser impossível

Viver sem te amar

Enfim, parei de me enganar

E é só o que este poema quer dizer.

domingo, 12 de julho de 2009

Alegoria





O amor é uma caixa vazia

Que não se sabe bem

A razão de se guardar,

Pois, pode se encher de alegria,

De tristeza ou mesmo de ar.

O amor é uma caixa vazia

Cuja tampa não se sabe

Onde está,

Porém, onde se coloca a esperança

Que, como o tempo, se pode fechar.

A caixa talvez seja uma alegoria,

Uma simulação chinesa

De que, na verdade, se é a presa

E, muitas vezes, também o caçador

Do que é sempre um prazer e uma dor.

domingo, 21 de junho de 2009

Sem espaço





Foi sem sair do lugar

Que aprendi tanto a andar

Que aprendi a voar

Como se fosse um sonhar.

Foi sem sair do lugar

Que tão longe me vi chegar

Onde não era para estar

E nem podia parar.

Foi sem sair do lugar

Que me contentei em estar

No mesmo canto a planar

Como meio de me afastar.

Foi sem sair do lugar

Que cheguei onde cheguei

Era o lugar onde estava

E até hoje não sei.

terça-feira, 2 de junho de 2009

I LU S Ã O



Os peixinhos no aquário

Lembram os instantes vários

Em que naveguei sem saber

Pra distante de você

E sem jamais me afastar.

Só hoje vim perceber

Que teu amor era um aquário

No qual só podia passear

E meu passeio diário

Era minha forma de amar.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Beijo roubado.com.br


Beijo roubado

No meio do movimento

Nosso beijo,

O maior momento,

Aconteceu de repente

De modo até imprevisto.

Se, por um instante,

Não foi visto

Na fotografia fixado

No shopping foi colocado

E lá também não se vê,

Só se for obra do acaso,

O beijo que dei em você!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

DEVANEIO



Pode ter sido a chuva

Pode ter sido a pedra

em que topei,

mas, sei que, de repente,

me toquei:

onde você estará?

Em alguma janela

molhada de

pingos de luz e água
qual uma madona moderna

esperando por Jesus?

Pergunto,
se um por um dia,

os acordes de uma canção
não pareciam minha voz

clamando em vão…

Não! A luz,

como a realidade,

não se desfaz

feito a imensa e verdadeira

falta que me faz.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Passavas



E andavas como se dançasses

Ou dançavas como se andasse

Ou andavas dançando

Ou dançando andavas.

O fato é que perturbavas.

E ignorando o meu olhar...

Passavas,

Como a vida,

Linda e indiferente.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Constatação





Há objetos,
Quais pessoas,
Que nunca saberei
O que significam.
E até
Se me dizem o que são
Me parecem,
Me aparecem
Como braille ou japonês.
De qualquer forma
Não entendo de vez.
Serão sempre sinais
Da minha profunda ignorância.



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O encontro da Imagem com a Palavra.

Minha foto
A fotografia interagindo com a poesia...num encontro triunfal.