
Ó doce formosura de olhar de mel, cabelos de espiga de milho, lábios de paixão e ar de desolada. És a própria figura de quem nada procura E, no entanto, tão bela que me inspira o canto; tão suave que em qualquer canto posta como uma clave de sol dá o tom e a harmonia da beleza e do brilho com o qual qualquer artista sonharia. Para a outra foto: É neste último momento que ainda tento recuperar a imagem que me parece a um só tempo de sonho e de esplendor, apesar de completamente desfocada. Entre um fugitivo seio e torres de palácios antes do profundo sono da morte me concentro na tentativa vã de salvar o resto de um sonhar como a buscar um amanhã que se perdeu. É um esforço insano. Logo, logo há de cair o pano E o ator e o espetáculo, como a tela e o tempo, já se perderam como sonhos de um passado de um desmemoriado.
4 comentários:
Eu nem sei dize ro que sinto diante da beleza deste canto? ode? poema?
Só me encanto.
beijos
Lia e Silvio
Coisa mais linda! Delicado e forte. Verdade e fantasia. Amei!
Beijinho
Betty
A fotográfia guarda para gente coisas que passam e deixam saudades, muitas vezes até sensações vividas, voltam com o gostinho de passado na boca...
Lindo demais, que dupla! Beijocas
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